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Asteroides City Killers: ameaça real à Terra?

O que são os asteroides City Killers?

Os astrônomos classificam como “City Killers” os asteroides com diâmetros entre 50 e 150 metros. Nessa faixa de tamanho, o impacto não é global, mas regional – grande o suficiente para devastar metrópoles inteiras, causando milhões de mortes e efeitos secundários como incêndios, ondas de choque e tsunamis, dependendo da área atingida.

Um exemplo histórico próximo foi o Evento de Tunguska, na Sibéria, em 1908. Um objeto com cerca de 50 metros explodiu na atmosfera, arrasando aproximadamente 2.000 km² de floresta. Se tivesse ocorrido sobre uma cidade populosa, o resultado seria catastrófico.

Quantos existem e qual o risco real?

Segundo a NASA, há cerca de 25 mil asteroides desse porte próximos à Terra, mas apenas uma fração foi detectada e monitorada até hoje. O risco de impacto é baixo em curto prazo, mas a probabilidade aumenta em escalas de séculos.

O problema é que muitos City Killers são pequenos demais para serem facilmente identificados a grandes distâncias. O asteroide 2019 OK, por exemplo, passou a apenas 70 mil km da Terra (menos de um quinto da distância até a Lua) e só foi detectado dias antes da aproximação. Isso mostra nossa vulnerabilidade.

A defesa planetária: estamos preparados?

A boa notícia é que a ciência já desenvolve estratégias para evitar uma tragédia. Em 2022, a missão DART da NASA conseguiu, pela primeira vez, alterar a órbita de um asteroide, provando que a humanidade pode, no futuro, desviar ameaças cósmicas reais.

Outros projetos, como telescópios espaciais dedicados à busca de asteroides (exemplo: NEO Surveyor, previsto para a próxima década), devem aumentar drasticamente nossa capacidade de detecção. O objetivo é simples: encontrar cedo o bastante para agir.

O cenário de impacto: o que aconteceria?

  • Explosão inicial: liberação de energia imensa, vaporizando a área de impacto.
  • Onda de choque: destruindo prédios a dezenas de quilômetros.
  • Incêndios em massa: iniciados pelo calor extremo.
  • Tsunamis (se o impacto fosse no oceano).

Apesar do cenário assustador, é importante destacar que a chance imediata é pequena. O que preocupa os cientistas é a falta de tempo de resposta caso um desses objetos apareça de surpresa.

Curiosidade: o caso Apophis

Um dos asteroides mais famosos é o Apophis, com cerca de 340 metros. Durante anos, cientistas temeram uma colisão em 2029, mas hoje sabemos que ele passará a apenas 31 mil km da Terra – mais perto do que muitos satélites! Felizmente, não há risco imediato, mas o episódio reforçou a importância de monitorar constantemente o céu.

O futuro da defesa planetária

Com a tecnologia avançando, é provável que nas próximas décadas estejamos muito mais preparados. Satélites de monitoramento, planos de desvio e cooperação internacional serão essenciais para garantir a segurança da Terra.

Até lá, os City Killers permanecem como um lembrete de que, no cosmos, nossa existência é frágil – mas também de que a ciência pode ser nossa melhor defesa.

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